O Distrito de Morro Vermelho viveu um momento épico, com a Cavalhada Nossa Senhora de Nazareth, um dos eventos culturais mais importantes do País, repetido, de forma ininterrupta, a 309 anos.
As festividades em Morro Vermelho começaram bem cedo: as 4h os moradores e visitantes foram acordados pela tradicional matina, com queima de fogos, dobre de sinos e ao som do "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho, saudando a Mãe de Deus e a Nossa Pátria, neste dia da Independência do Brasil.
As festividades seguiram ao longo do dia, e as 18h foi celebrado o Último dia da Novena.
As 20h, a Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho subiu ao palco para celebrar seus 309 anos de existência, apresentando seu repertório em uma retreta.
As 20h e 30mim, o Exército Mouro, trajando branco, e o Exército Cristão, trajando azul, chegaram ao Adro da Matriz, conduzindo o Estandarte de Nossa Senhora de Nazareth e foram recepcionados pelos fiéis presentes com salva de palmas, queima de fogos, dobre de sinos e ao som do "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Santa Cecília de Morro Vermelho. Os Embaixadores deram suas embaixadas, simbolizando a disputa entre Mouros e Cristãos pelo controle da Península Ibérica. Em seguida o Mastro com o Sacro-Santo Estandarte de Nossa Senhora de Nazareth foi erguido "aos céus", ao som da Valsa "Nossa Senhora de Nazareth", composição de José Rodrigues Pinheiro.
O protocolo da Cavalhada foi "quebrado" para uma homenagem a Silvio Pinheiro Neto. Ex-Presidente da Cavalhada, Ex-Presidente da Banda e músico por 47 anos, Silvinho faleceu este ano. Foi desterrado um banner com sua foto em frente a Bandeira de Nossa Senhora de Nazareth, acompanhado por uma queima de fogos e ao som do "Amigos para Sempre".
Os Embaixadores retornaram ao recinto para segunda embaixada, em seguida o "Acordo de Paz" entre os dois exércitos é selado aos pés da Virgem Maria, simbolizado pelo trançar das fitas.
Os dois Exércitos juntos encenaram um "8", simbolo da união entre os dois reinos, e uma "meia lua", um novo povo que cresce pela Fé Cristão. As evoluções foram acompanhadas por Dobrados preservados desde o início do Século XVIII, especialmente para o fim de acompanhar a Cavalhada.
Os Cavaleiros se despediram com lenços brancos, em um pedido de paz; acompanhados de um espetáculo pirotécnico (simbolizando a queima dos deuses pagãos) e deixaram o mastro erguido como símbolo das novas fronteiras do Cristianismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário