Bandeira de Nossa Senhora de Nazareth

Neste dia 28 de julho de 2013 a comunidade de Morro Vermlho recepcionou a Bandeira de Nossa Senhora de Nazareth, que retornou após duas semanas na cidade de Raposos.

Por volta das 16h e 20 mim, a Bandeira e um grupo de cerca de 30 pessoas, da cidade de Raposos, foram recepcionados em Morro Vermelho pela Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho e membros da comunidade, e seguiram em Procissão até a Matriz, onde foram saudados pelos fiés e pelo Pe. Geovane, com palmas, fogos e dobre de sinos.

Em seguida foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo Pe. Geovane.

Um Pouco Sobre a Cavalhada...

 História e Origem

De acordo com o folheto explicativo da Associação dos Corredores da Cavalhada de São José Operário de Honório Bicalho a Cavalhada é uma manifestação folclórico devocional de grande incidência no Brasil, possuindo características próprias em cada região, chamadas de "variantes", porém com uma característica comum: o ódio dos Cristãos aos infiéis. A luta dos Cristãos contra os turcos ou Mouros.

Segundo o pesquisador Mário de Andrade a luta surgiu na Península Ibérica, onde houve a fusão entre a questão política e religiosa, pois os turcos/sarracenos ou Mouros dominaram a Península Ibérica do século VIII ao XV, acirrando o ódio com os povos de Castela e Luzitânia.

Após a conquista da Península Ibérica pelo exército Cristão no final do século XV, as lutas entre Mouros e Cristãos passaram a ser representadas em torneios nas classes nobres. Quando este costume chega as camadas populares essas representações ganham a forma da "Cavalhada": uma representação das lutas entre Mouros e Cristãos com grande influência dos feitos do Imperador Carlos Magno e de seus 12 pares, conhecidos como "12 pares de França".

A Cavalhada de São José Operário

 

A Cavalhada de São José Operário de Honório Bicalho está dividida em quatro planos que representam o reconhecimento do campo de batalha; a diplomacia; o plano militar e o plano desportivo.

O Primeiro Plano é iniciado com a apresentação dos Exércitos:

• O exército Mouro trajando farda vermelha, sob o comando do Rei Almirante Balão, acompanhado de sua filha, princesa Floripes e o palhaço Espia, entram na arena, buscando reconhecimento do território.

• Em seguida, o exército Cristão com seu fardamento azul, sob o comando do Imperador Carlos magno, percorrendo as terras inimigas.

Após o reconhecimento do campo de batalha os dois exércitos se agrupam preparando para a Guerra: Primeiro o exército Mouro, em decorrência da invasão do exército Cristão ao seu território e o exército Cristão que se agrupa temendo a represália dos Mouros.

Tem início a "Corrida do X", quando os dois exércitos percorrem seus domínios, buscando tomar conhecimento da situação. Seguido pelo "8 de Todos", movimento em que todos se cruzam  na arena, fazendo um estudo sobre os adversários, com o objetivo de organizarem suas manobras e estratégias. Depois cada Cavaleiro tem a oportunidade de conhecer seu "oponente" e cruza com ele na arena.

O Primeiro Plano termina com a morte do soldado mouro Espinque (palhaço Espia), pelo Embaixador Cristão Galalão. O Embaixador Mouro Milão entra na arena, encontra seu soldado morto, reúne seu exército para proceder o enterro do mesmo.

O Segundo Plano é o plano Diplomático onde os embaixadores, o Cristão (Galalão) e o Mouro (Milão), transmitem as mensagens de seus Imperadores, Carlos Magno e Almirante Balão, respectivamente; com o propósito de paz, trégua e rendição. Como nenhum dos dois exércitos se rende, tem fim ao Plano da Diplomacia e as manobras militares são iniciadas.

O Terceiro Plano é o Plano Militar, simbolizando a luta e o derramamento de sangue durante a guerra.

Começa com o "Quebra Garupa", os soldados usam como armas as "chopas" (lanças), atacando os inimigos representados pelas "Margaridas" (cabeças azuis - Cristãos - e vermelhas - Mouros). Em seguida as "Margaridas" são atacadas pelas espadas.

Como na batalha não houve vencedor, acontece o "Florão da Fugida". Os dois exércitos deixam o campo de batalha. 

O Terceiro Plano é encerrado com o rapto da Princesa Moura "Floripes" pelo soldado Cristão "Guido de Borgonha".

O Quarto Plano é o Plano Desportivo, representa o fim da Guerra e a conversão do exército Mouro ao Cristianismo.

O Exército Cristão, tendo a frente o Imperador Carlos Magno e o soldado Guido de Borgonha, conduzindo a Princesa Floripes entra a pé e se dirige ao centro da arena, o mesmo faz o Exército Mouro, tendo a frente o Rei Almirante Balão. O Almirante Balão consente o casamento da sua filha com o soldado Cristão e aceita o batismo para si e para todos os seus soldados. Os dois exércitos deixam, juntos, a arena.

Novamente montados, os dois exércitos iniciam a "Corrida da Vitória", passando em frente ao Castelo Cristão, simbolizando a confraternização e segue a "Corrida do Machetá", os dois exércitos unidos trabalhando em prol de um bem comum.

Na "Corrida do Galho de Flor", um arco enfeitado com flores é carregado por um soldado Cristão e outro Mouro e passa pelas mãos de cada soldado, representando a confraternização e a união dos dois exércitos.

Por fim, os dois exércitos param diante do Castelo Cristão e ouvem as palavras do Imperador Carlos Magno e procedem ao "Florão da Despedida", acompanhados com um espetáculo pirotécnico e se despedindo do público.

Tadicional Cavalhada de São José Operário

No dia 14 de Julho de 2013 foi a vez da Cavalhada "Tradicional" de São José Operário contar com a presença da Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho.

As 16h e 30mim os Cavaleiros foram recepcionados pelo público presente e ao som do Dobrado "Alvorada Brasileira", e se perfilaram na arena para acompanhar o hasteamento das bandeiras.

As Bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e de Nova Lima, foram hasteadas pelo Grupo de Escoteiros de Nova Lima, ao som do "Hino Nacional Brasileiro".

Antes da Cavalhada, a Associação dos Corredores de Cavalhada de São José Operário de Honório Bicalho prestou uma homenagem a Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho. O Presidente da Associação, Sr. Geraldo, entregou ao Presidente da Banda, Fernando, uma placa parabenizando e agradecendo a Banda pelo apoio e parceria iniciados em 2008.

O Pároco de Honório Bicalho, Pe. Frei Genilson abençoou aos Cavaleiros e a todos presentes.

Em seguida foi dado início ao "Alto da Cavalhada", revivendo a disputa entre Mouros e Cristãos pelo controle da Península Ibérica.

Os Cavaleiros executaram uma série de movimentos que simbolizam as disputas pelo território, até a paz ser selada entre os dois exércitos através do Casamento entre soldado Cristão "Guido de Borgonha" e a Princesa Moura "Florips".

Os cavaleiros se despediram do público ao som do "Oh! Minas Gerais", enquanto assistiam a um espetáculo pirotécnico.

A Cavalhada de São José Operário já acontece a 56 anos e nos últimos 6 foi abrilhantada pela Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho.

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Cavalhada Infanto-Juvenil de São José Operário

No dia 13 de Julho de 2013 a Sociedade Musical Santa Cecília de Morro Vermelho esteve em Honório Bicalho, cidade de Nova Lima, para, pela primeira vez, participar da Cavalhada Infanto-Juvenil de São José Operário.

As 19h teve início a Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Frei Genilson, em intenção dos Cavaleiros. Em seguida, houve procissão conduzindo o estandarte de São José Operário até a arena, onde este foi hasteado pelos Cavaleiros ao som da Santa Cecília de Morro Vermelho.

As 20h e 30mim teve início o "Alto da Cavalhada", relembrando a disputa entre mouros e cristãos pelo controle da Península Ibérica.

Os jovens se despediram do público presente ao som do "Oh! Minas Gerais", enquanto aconteceu um espetáculo pirotécnico.

Esse importante meio de preservação da cultura de Honório Bicalho busca incentivar a participação dos jovens na Cavalhada de São José Operário, mantendo viva a cultura local e garantindo as futuras apresentações da Cavalhada.